"MINHA QUERIDA, QUANDO VOCÊ VAI ENTENDER QUE SER NORMAL NÃO É NECESSARIAMENTE UMA VIRTUDE? É ALGO QUE DENOTA FALTA DE CORAGEM". filme Da magia à sedução

Projeto Oficina de Culinária

Projeto  Oficina de Culinária


TEMA: Culinária
ESCOLA: Escola Especializada Eduardo Cotta Maciel Dantas – Apae – Ouro Branco
ELABORADAS: Celma Mercês da Silveira Marques de Sousa
     Silvana Barletta Geraldo
ORIENTADORA: Juçara De Souza Rocha
PÚBLICO QUE SE DESTINA: Alunos da Educação Profissional e Escolarização de Jovens e Adultos

Justificativa:
Mais do que vivenciar a prática culinária  por meio de atividades,  o Projeto Oficina de Culinária  visa conscientizar os alunos e toda comunidade escolar  sobre a importância de uma boa alimentação, como fundamento de uma vida saudável, conseguindo com que sejam cidadãos responsáveis pela melhoria da sua situação de vida e tenham condições para alto desempenho e sucesso profissional. 
Realizar um trabalho onde os alunos, através da vivência de situações, movimentação e manipulação de objetos, possam aprender a internalizar conceitos e modificar comportamentos, além de adquirir, desde cedo, os conceitos de culinária e a utilização correta dos alimentos.

Eixo de trabalho e conteúdos:
Português
Matemática
Artes
Temas transversais: Ética, Saúde, Meio Ambiente.
Reciclagem de resíduos gerados na cozinha ( sustentabilidade)

  1. Objetivos gerais

- Transmitir o conhecimento necessário, buscando o alcance de todos para esta pratica;
- Trabalhar de forma multidisciplinar diversos conteúdos escolares;
- Elevar a auto-estima do aluno (sentir-se útil ao preparar uma receita);
- Trabalhar em equipe (aprender e respeitar as regras de convívio);
- Aprender bons modos à mesa (mas nada substitui a família);
- Transmitir a aprendizagem de sala de aula para os familiares;
- Aprender a experimentar.


  1. Objetivos específicos:

Possibilitar aos alunos participarem no preparo das refeições da escola, como higienizar, selecionar, descascar e picar os alimentos.
Propor atividades que auxilie na exploração de fatos cotidianos;
Enfatizar cuidados necessários com higiene e segurança no preparo dos alimentos;
Estimular o aluno a nomear tudo o que está à sua volta;
Explorar objetos variados levantando suas características de forma, tamanho, espessura, textura, cor, odor, sabor etc.;
Possibilitar a observação de mudança de estado físico: líquido para sólido, líquido para gasoso etc.; de acordo com a temperatura e a intervenção nos elementos;
Estimular o levantamento de hipóteses sobre os resultados que seriam obtidos;
Possibilitar o contato com a leitura de rótulos e das receitas, ampliando o vocabulário e favorecendo o registro através de desenho e escrita;
Apontar as questões relativas à qualidade da alimentação para o desenvolvimento de uma vida saudável;
Alertar para as necessidades de reaproveitamento de embalagens e reciclagem do lixo;
Transmitir conteúdos socioculturais, como a origem de receitas típicas de lugares específicos.
Valorizar a socialização através da troca e da união do grupo na hora de preparar e experimentar os alimentos.


Atividades a serem desenvolvidas
Conversa sobre culinária
Conversar sobre alimentos que vão ao fogo e depois à geladeira.
Discutir sobre o assunto e iniciar uma conversa sobre a importância dos eletrodomésticos e dos utensílios na cozinha.
Aprofundar conceitos sobre temperatura, mudança de estados físicos, classificação etc.
Discutir com os alunos os cuidados de higiene na preparação de alimentos e a preven ção de acidentes na cozinha.
Discutir a origem dos alimentos, por exemplo, de onde vem o pão, o macarrão, a man teiga, o queijo, o óleo, o café, o açúcar...
Aproveitar a comemoração de datas especiais para planejar um cardápio saudável na escola.
Discutir com os alunos quais seriam as estratégias para tornar o refeitório da escola um espaço mais prazeroso e agradável.

Planejando uma Oficina de Culinária

Esse roteiro pode ser adaptado para formatos mais simplificados, dependendo do local (cozinha, sala de aula, refeitório...), dos equipamentos e utensílios disponíveis, dos recursos finan ceiros e da faixa etária dos participantes.
1. Elaborar instrumentos de registro e acompanhamento da oficina:
  • Lista de compras dos gêneros alimentícios, de equipamentos, de utensílios, de material de apoio (limpeza, higiene pessoal, escritório e suporte)
  • Ficha de registro das receitas
  • Roteiro de observação (comentários, alimentos valorizados e rejeitados, relações entre os alunos...)
2. Planejar os tipos de preparações que serão produzidas, as quais podem ser pré-deter minadas pelo professor alunos ou a cozinha da escola. A possibilidade de criação das prepa rações pelos participantes permite trazer para a discussão elementos ricos de seus hábitos alimentares, de suas personalidades, suas preferências e aversões, que certamente influen ciam suas escolhas alimentares. Neste sentido, um dos principais objetivos desta atividade é resgatar a prática da culinária, reforçando a ideia de que a alimentação saudável também é prazerosa, por isso, torna-se fundamental evitar alimentos processados (produzidos pela indústria de alimentos) e disponibilizar alimentos “in natura”, coloridos, diferentes do usual, como por exemplo:
  • Frutas, legumes e verduras da safra e de baixo custo, proteína de origem animal de baixo custo como frango e carne moída, leguminosas como a lentilha e feijões diferentes do preto, cereais: arroz, macarrão, milho fresco, farinhas de trigo, de mandioca ou de rosca, leite de derivados, azeite extra-virgem e o óleo de soja, temperos: ervas aromáticas frescas ou desidratadas e especiarias, frutas desidratadas e sementes
3. Organizar os insumos necessários para a realização da oficina, que podem ser compra dos, doados pelos próprios participantes.
4. Higienizar e arrumar os alimentos, o local, os utensílios e os equipamentos. Os alimentos que podem ser consumidos com casca devem ficar imersos em uma solução de hipoclorito de sódio (uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água) durante vinte minutos.
5. Utilizar dinâmicas de apresentação antes de iniciar a vivência culinária como, por exemplo, associar o seu nome a um alimento, que poderá ser o alimento com características semelhantes a própria personalidade, aquele que mais gosta, aquele que mais come, aquele que inicia com a mesma letra do nome etc. Fazer um registro dessas escolhas para posterior discussão.
6. Recomenda-se também uma dinâmica de aquecimento para a sensibilização dos sentidos. Para isso, expor todos os alimentos para que os alunos despertem a visão para os detalhes – cores, formatos, texturas – e oferecer algumas opções de alimentos e objetos do universo da cozinha para estimular os demais sentidos – paladar, audição, olfato e tato. Esta dinâmica deve ser realizada em dupla, proporcionando também a aproximação entre os participantes e o cuidado com o outro. Um fundo musical favorece um ambiente tranquilo e relaxante.
7. Estimular os alunos a cozinhar coletivamente, divididos em subgrupos por tipos de alimentos (como por exemplo: grupo das hortaliças, das frutas, dos cereais, das legumino sas, das carnes e de seus substitutos...), ou por tipo de preparação (por exemplo: bebidas, saladas, sopas, sanduíches, bolos...). Vale a pena ressaltar que o interessante é estimular a elaboração de uma receita saudável, isto é, uma receita que agrada o corpo e a alma. Lembrar alguns preceitos sobre a higiene pessoal e do ambiente, assim como o tempo destinado para a atividade. 8. Expor, ao final dessa etapa, as preparações confeccionadas.
9. Degustar e compartilhar o prazer de comer.
10. Após a degustação das preparações, os participantes (alunos, pais, merendeiras...) sejam estimulados a expressarem suas sensações e opiniões sobre as prepa rações e a experiência em si. Registrar esses comentários para discussão.
Dia anterior ao preparo de uma receita:
Escolha da receita;
Leitura da lista de doces ou salgados;
Leitura dos ingredientes;
Divisão dos ingredientes que serão utilizados;

Dia do preparo:
  • Higiene pessoal, dos utensílios que serão utilizados e dos alimentos;
  • Verificação dos ingredientes através da leitura dos rótulos;
  • Separação dos utensílios;
  • Leitura do preparo (ênfase ao vocabulário);
  • Experimentação dos ingredientes;
  • Intervenções do professor durante o preparo;
  • Previsões (levantamento de hipóteses);
  • Comprovação das hipóteses (ou não);
  • Informações gerais (alimentos, História, Geografia etc.);
  • Registro: de acordo com nível da turma será  coletivo (em cartazes) ou individual (com símbolos, rótulos, números, desenho e escrita).
Avaliação
Avaliação será realizada a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, sendo contínua durante toda a realização do projeto utilizando diversos instrumentos de registro, acompanhando o desempenho individual e coletivo e buscando formas de auto-avaliação. Em cada etapa o projeto poderá ser reformulado ou modificado a partir das necessidades e interesses das turmas.